sábado, 30 de abril de 2011

Por que a graça é de graça?

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Um apóstolo explicaria a reação de Deus em termos mais analíticos: “Mas onde o pecado abundou, superabundou a graça”. Paulo sabia melhor do que ninguém que essa graça não é merecida, ela vem da iniciativa de Deus, e não da nossa. Jogado ao chão no caminho para Damasco, Paulo nunca se recuperou do impacto da graça: a palavra sempre aparece o mais tardar na segunda frase de cada uma de suas cartas. Como Frederick Buechner diz: “A graça é o melhor que ele pode desejar-lhes porque a graça é o melhor que ele sempre recebeu”.

Paulo repetia sempre a mesma coisa insistindo na graça porque sabia o que poderia acontecer se nós crêssemos que merecemos o amor de Deus. Nos momentos de crise, quando falhássemos complemente com Deus, ou quando por qualquer motivo não nos sentíssemos amados, ficaríamos em terreno inseguro. Teríamos medo de que Deus pudesse parar de nos amar quando descobrisse a verdade a nosso respeito. Paulo — “o principal dos pecadores”, como ele mesmo se intitulou uma vez — sabia, sem sombra de dúvida, que Deus ama as pessoas pelo que Ele é, e não pelo que somos.

Consciente do aparente escândalo da graça, Paulo esforçou-se para explicar como Deus fez a paz com os seres humanos. A graça nos desconcerta porque vai contra a intuição que todos têm de que, diante da injustiça, algum preço tem de ser pago. Um homicida não pode simplesmente ficar livre. Alguém que abusa de crianças não pode desvencilhar-se dizendo: “Eu fiquei com vontade de fazer isso”. Antecipando-se a tais objeções, Paulo destacou que um preço foi pago — pelo próprio Deus. Ele desistiu do seu próprio Filho, Jesus Cristo, para não desistir da humanidade.

Como na festa de Babette, a graça não custa nada para os beneficiários, mas tudo para o doador. A graça de Deus não é uma exibição que o vovô faz de sua “bondade”, pois custou o exorbitante preço do Calvário. “Há apenas uma única lei real — a lei do universo”, disse Dorothy Sayers. “Ela pode ser cumprida por meio do juízo ou por meio da graça, mas tem de ser cumprida de um jeito ou de outro.” Aceitando o juízo em seu próprio corpo, Jesus cumpriu a lei, e Deus encontrou um meio de perdoar.

No filme The Last Emperor [O Último Imperador], a criança ungida como o último imperador da China vive uma vida mágica de luxo com mil eunucos à sua disposição para servi-la. “O que acontece quando você faz uma coisa errada?”, pergunta o irmão. “Quando eu faço uma coisa errada, outra pessoa é castigada”, o imperador-menino responde. Para demonstrar o que estava falando, ele quebra um jarro e um dos servos é espancado. Na teologia cristã, Jesus inverteu esse padrão antigo: quando os servos erraram, o Rei foi punido. A graça é gratuita apenas porque o próprio doador assumiu o preço.
Philip Yancey, em “Maravilhosa Graça”, editora Vida
Fonte: http://amandoaoproximo.blogspot.com

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terça-feira, 5 de abril de 2011

Analfabetismo funcional e evangelho

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Eu tenho uma teoria. apenas uma teoria... não doutrina. Posso?

Minha formação acadêmica é de professor (o que não é grande coisa no Brasil, eu sei disso). Hoje já não atuo mais como docente, mas na coordenação acadêmica em um Instituto Federal, que por ser federal, dispõe de muitos recursos que outras instituições públicas (estaduais e municipais) sequer imaginam ter, mesmo na próxima década. Mas também trabalhei em lugares bem mais, digamos, acanhados... e por isso, apenas por isso e mais um monte de leitura especializada que me apoia... posso pensar nessa teoria.

O problema fundamental da igreja (as pessoas que são corpo), certamente é o afastamento do Evangelho apostólico para um evangelho humanista. Mas, junto a isso, outros problemas são associados.

Pesquisas brasileiras, apontam que 75% dos brasileiros são analfabetos funcionais (você pode ler sobre estas pesquisas clicando aqui e aqui, não as tirei da minha cabeça). Trocando por números mais palpáveis, significa que a cada 4 brasileiros, 3... sim, TRÊS, são analfabetos funcionais (em diferentes graus, é claro). Isso significa também, que dos 190 milhões de brasileiros, 142 milhões são analfabetos funcionais.

Ora... mas o que isso cara pálida?

O analfabeto funcional é uma pessoa que consegue decodificar os sinais (letras), ler frases, textos e palavras, mas, não consegue interpretar. Falta-lhe a habilidade de interpretação de textos, que adiquire-se com a prática da leitura e aprofundamento de estudos, duas coisas pouco usuais na sociedade ocidental tupiniquim. Lê-se pouco e investe-se mais em cirurgia plástica que em educação.

Assim, não por culpa deles... mas do ensino no Brasil que é precário... e dependendo das cidades, longe dos grande centros urbanos, tal analfabetismo atinge inclusive o ensino privado. A maioria dos professores brasileiros possuem apenas a formação básica de sua profissão (graduação), e milhões de brasileiros sabem ler, mas não entendem o que lêem.

O mesmo ocorre dentro da igreja, afinal,são os mesmos brasileiros.A Bíblia tornou-se chata, cansativa e complicada. Sim, isso é falta de uma vida espiritual e sim... isso é apostasia... mas também, menos importante mas com alguma importância... líderes evangélicos descobriram que não é preciso se dedicar muito ao estudo da Palavra e no conhecimento do Santo Deus, porque seus seguidores também não o fazem... pelo contrário, esperam que alguém faça por eles... esperam que outro decodifique e interprete.

Desse modo, a pregação ilustrada com muitos contos humorísticos, fatos do cotidiano, performances e malabarismos, "atingem" objetivos que uma pregação fundamentada na Palavra não atingiria... pois poucos entenderiam o que se diz.

Esse texto não é... e também é ao mesmo... uma auto-defesa. Nós que regularmente escrevemos e publicamos textos na internet percebemos, a cada dia, uma piora no fazer-se entender. A cada texto que escrevo, percebo a constante necessidade, não de adaptar o texto, mas de construí-lo de forma que o que escrevo possa ser entendido por qualquer um... por este motivo é que não uso o twitter, por exemplo, pois numa sociedade assim, 144 caracteres me parece, como educador, algo absurdo.

No entanto... suspeito... que muito em breve, 144 letras serão muito... e nos comunicaremos apenas com algumas onomatopéias.

Maranata Jesus!

Fonte: http://www.pulpitocristao.com/

Daniel Clós Cesar

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Fanatismo Religioso x Filosofia

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Acabo de ver e recomendo o filme "Alexandria" (Ágora), com Rachel Weisz, que retrata a vida de Hipátia, uma filósofa que viveu no século IV, durante a consolidação de poder pelos cristãos no Império Romano em decadência. O filme mostra de forma tocante o embate entre a filosofia e o fanatismo religioso, a luz e a escuridão, a busca pelo conhecimento e a estupidez.

Em certo momento do filme, quando a pressão para que Hipátia se converta ao cristianismo fica insuportável, ainda assim ela se nega, sabendo que isso pode representar sua morte (de fato, ela foi assassinada de verdade e há indícios de que isso teve ligação com suas crenças e o fanatismo que reinava na época, sob a liderança religiosa de Cirilo).

Ela diz: "Quem acredita sem questionar, não acredita. Eu preciso questionar". E não é este o grande abismo entre aqueles que estão sempre questionando e procurando respostas, e os outros que juram saber "A Verdade" por meio de alguma revelação divina ou escritura "sagrada"? Quanto mal o fanatismo religioso trouxe ao mundo...

E não devemos esquecer que o Cristianismo não foi diferente das demais seitas religiosas. Hoje, após o Iluminismo ter colocado para escanteio os cristãos mais fanáticos, muitos ficam chocados com o atraso daqueles islâmicos bárbaros. Mas não custa lembrar que os ignorantes que pregavam o Cristianismo não eram muito diferentes no passado. O que me remete ao pensamento de John Stuart Mill sobre o assunto:

"Que os cristãos, cujos reformadores pereceram na masmorra ou na fogueira como apóstatas ou blasfemos - os cristãos, cuja religião exala em cada linha a caridade, liberdade e compaixão... que eles, depois de conquistar o poder de que eram vítimas, exerçam-no exatamente da mesma maneira, é demasiado monstruoso."

Vejam o filme. Vale a pena!
Fonte: http://rodrigoconstantino.blogspot.com

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