De longe, não é fácil
distinguir um camelo de um dromedário, ou uma mula pintada de uma zebra. No
entanto, quando observamos com mais atenção, podemos ver as diferenças e
detalhes. Da mesma forma, para que possamos preservar a fé bíblica, precisamos
examinar a exatidão doutrinária de certos ensinos e atitudes. Tenho observado
que ao fazer isso, você é rotulado de “divisionista”, “invejoso”, “magoado” com
o “sucesso” dos outros, “julgadores”. Ora, por que razão uma pessoa é
considerada assim por testar ensinos populares tendo a Bíblia como base?
Podemos sacrificar a verdade em nome da “unidade”? Ou a sã doutrina em nome do
pragmatismo? É claro que a unidade se dá em torno do evangelho do Cristo
bíblico e, além disso, é importante entender que não podemos julgar corações,
motivações e ministérios, apenas ensinos e entender que existem graus variados
de erros. Foi por isso que Hodge disse que “O erro é muitas vezes um obstáculo
maior à salvação dos homens que o descuido ou o vício...nenhum caminho que
conduz para a perdição já se encontrou mais cheio de gente do que o da falsa
doutrina. O erro é um escudo para a consciência, e uma venda sobre os olhos.” Isso me faz pensar sobre vários ensinos e
atitudes que estão no mercado religioso que não têm nenhuma defesa sistemática,
se sustentam em versículos isolados e alguns textos-prova e que não têm um
padrão contextualizado na Bíblia. Descobri que é por conta, de certos ensinos
distorcidos, que centenas de pessoas estão indignadas e descrentes do evangelho
genuíno. Esses ensinos e práticas de muitos movimentos são:
- Cura interior antibíblica – Gente que não
tem preparo mexe com o psicológico das pessoas;
- Uso do chavão: “Não
julgueis” nenhum ensino errado ou atitude. Jesus condenou o julgamento
temerário e não qualquer julgamento;
- Centralização de poder –
Personalismo e Narcisismo de seus líderes;
- Valorização excessiva de
multidão em detrimento do indivíduo. Observe que a maioria dos governos
totalitários são coletivistas;
- Movimento da guerra
espiritual – Obsessão por demônios – vêem demônios em todo bocal de lâmpada.
Falta a ênfase na soberania de Deus;
- Autoridade Espiritual – Na
verdade, autoritarismo e tirania espiritual. Atitudes intimidadoras e
arrogantes para impor e enfatizar sua “autoridade”. A autoridade bíblica
procede da verdade do Evangelho e não de cargo, posição ou status;
- Cobertura espiritual –
manipulação da vida privada das pessoas. Na Bíblia o princípio é: “Você se submete
a mim e eu a você’. Na cobertura espiritual é: “Você se submete a mim, porque
sou autoridade sobre você e eu mando em você”. Nossa cobertura espiritual é
Cristo e Sua obra perfeita e eficaz;
- Fragmentação da Bíblia
para fins de conveniência pessoal – tirar versículo do contexto para pretexto;
- Não permitem que os
membros do movimento questionem ou perguntem nada, com o risco de serem jogados
no isolamente;
- Abuso e apelação na
cobrança das contribuições financeiras – Contribuição é voluntária;
- Proibir os adeptos de
estudarem em outras instituições teológicas;
- Unção por prestação de
serviços e ativismo, não por vocação e chamado de Deus, com o propósito de
exaltação humana;
- Tentativa de isolar o
membro de sua família por meio de ensinos exclusivistas;
- Infantilização das ovelhas
– As pessoas mais parecem “vaquinhas de presépio” ou “soldadinhos de chumbo” em
vez de pessoas maduras e conscientes de suas obrigações.
Para escaparmos dessas
armadilhas, precisamos examinar a Bíblia para não sermos enganados por idéias
distorcidas e esmagantes, tendo a consciência cativa à Palavra de Jesus.
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