quinta-feira, 23 de abril de 2015

Opressão cristã, fardo pesado!

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Nos últimos dias vários irmãos e irmãs, de congregações e cidades diferentes, têm conversado comigo a respeito de um mesmo problema. A maioria deles pede ajuda e conselhos porque não estão mais suportando o ambiente de tensão nas igrejas onde congregam.
Esse problema não é exatamente uma novidade, mas chama atenção como tantas pessoas estão enfraquecidas justamente por isso, e pedindo ajuda.
Elas fazem várias alegações. Que são constantemente cobradas para que alcancem as “metas” estipuladas pelas suas respectivas igrejas, o que torna suas vidas um redemoinho de reuniões, encontros, eventos, congressos, dentre outros que, por vezes, prejudicam até mesmo a relação familiar dos mesmos, dada a ausência constante no lar.
Também se sentem oprimidas pelo bombardeio de ensinos e pregações a respeito de finanças, entrando em várias encruzilhadas do tipo “suprir as necessidades da casa ou da igreja?”. 
Mas o que é pior e comum a todos são as constantes ameaças que sofrem, especialmente por parte das lideranças. São ameaçados de maldição se não contribuírem com as quantias absurdas que pedem em todo tipo de reunião. São ameaçados de maldição caso questionem qualquer tipo de ordem ou ensino da liderança, por mais absurdo que sejam. São ameaçados de maldição se frequentarem outras congregações. A lista de ameaças não para, são constantes, por tudo, e em todo tempo.
Além das ameaças, qualquer tipo de “desobediência” por vezes é exposta diante de todos, durante os cultos. Tudo isso causa um clima de opressão que retira a paz, causa medo e abre feridas que se mantém geralmente escondidas, mas que não saram.
Aliada a falta de ensino bíblico consistente, o que mantém estes irmãos na mais plena ignorância, típico de governos autoritários, essa realidade ocasiona uma verdadeira prisão, um fardo quase insuportável de se carregar.
Aqueles que têm zelo pelas Sagradas Escrituras já sabem onde quero chegar. Vou deixar então que esta Palavra fale por mim:
No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor”. (1Jo 4:18)
Sabe quando você está numa igreja, e tudo que te ensinam te causa mais medo do que esperança? Sabe quando você está numa igreja, e se você questionar qualquer coisa, logo é advertido quanto ao risco que está correndo de ser amaldiçoado? Sabe quando você está numa igreja e no lugar de se sentir livre para viver e para pensar, você se sente oprimido por tantas cobranças e por um fardo quase impossível de suportar? 
Pois é, essa igreja não ama, e se não ama, não está a serviço de Deus.
Quem ama perdoa, quem ama acolhe, quem ama jamais ameaça, quem ama jamais amaldiçoa, quem ama não mete medo. Quem ama, simplesmente ama.
Lembro-me do vídeo de um dito apóstolo brasileiro, que rolou nas redes sociais nas últimas semanas, onde o mesmo esbraveja contra aqueles que o criticam declarando que “Deus o mate em três dias” caso ele não seja profeta, mas se não matar então que sejam todos os seus questionadores amaldiçoados. Tudo isso com uma expressão clara de ódio.
Cito este vídeo apenas para ilustrar algo. Vejamos novamente o que a bíblia diz a respeito destas coisas:
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros; não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade; abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis”. (Rm 12:10-14)
Diferente do como o tal “apóstolo” se comportou, Deus nos ensina a não amaldiçoar, mas a abençoar aqueles que nos perseguem. Se lembrarmos que o contexto de perseguição relatado pelos apóstolos verdadeiros, bíblicos, é sempre de alguém que sofre perseguição por amor a Cristo e não por desvios doutrinários, a coisa fica ainda mais complicada.
Mas então, se até mesmo aqueles que me perseguem devem ser abençoados por mim, jamais amaldiçoados, se até mesmo meus inimigos devem receber minhas orações, meu bem, meu perdão (Lc 6:27-28), quanto mais os meus irmãos!
Percebem o absurdo que é uma congregação, uma liderança cristã, ou qualquer outro participante do corpo de Cristo manter o costume de ameaçar outros irmãos, seja qual for o motivo? Percebem que isso não é cristianismo? Percebem que isso não é o amor cristão?
Viver em uma comunidade cristã é estar entre pessoas que te amam, que te perdoam, que convivem com as tuas falhas sem te impor fardos pesados, mas que te ajudam a carregar os fardos da vida (Gl 6:2; Cl 3:13), sem acrescentar outros.
Que terrível é ser livre da escravidão do pecado para ser escravo numa congregação cristã! Que terrível é acreditar no fardo suave de Cristo sem jamais experimenta-lo! Que terrível é viver oprimido por aqueles que um dia te prometeram liberdade e paz!
Não é meu costume dizer isso, mas nesse caso não há outra solução: irmãos, fujam de igrejas onde no lugar de amor, há ameaça, no lugar de paz, há opressão, no lugar de serviço, há escravidão e no lugar de irmãos, há chefes. Fuja, saia de lá, antes que teu coração se endureça, antes que a desesperança se instale na tua alma. 
Tenha a certeza de que Deus quer te dar a verdadeira paz e o verdadeiro amor, e busque um lugar onde, apesar das inevitáveis imperfeições, os irmãos compreendam o verdadeiro sentido do Evangelho e da comunhão cristã. Saia, e viva, encontre a suavidade de Cristo e abrace-a para nunca mais largar.
Deus abençoe a todos.
Ruy Cavalcante, Via Púlpito Cristão

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segunda-feira, 20 de abril de 2015

A letra mata!

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Com frequência ouvimos de algumas pessoas envolvidas com denominações cristãs a frase comum: "a letra mata", como justificativa para rejeitar a observância das Escrituras. Estaria o apóstolo Paulo nos ensinando a cometer suicídio intelectual?
Concordamos que não pode haver um intelectualismo árido, mas também não podemos cair no subjetivismo de um anti-intelectualismo difundido em muitas dessas denominações. Usar a frase "a letra mata" é jogar a culpa na Bíblia e dizer que não se pode estudar muito e que a Bíblia pode matar. Ora, além de tal frase estar fora de contexto, ela é ignorantemente utilizada por aqueles que não sabem que letra é essa. A Bíblia é um livro santo e dá vida a todos os que a leem e compreendem. Ela "mata" sim, a ignorância, o erro, a heresia e o engano. No geral, as pessoas que usam da frase, querem defender um pragmatismo de milagres, sinais e prodígios em detrimento dos limites da Soberania de Deus e de seu evangelho. Começa a existir um outro jesus. Enxergam só o Jesus dos sinais e não querem ver o Jesus que ensina as Escrituras. Para eles, se não houver um sinal, então Jesus não estava lá, mesmo que a verdade do evangelho seja proclamada. Cremos nos milagres, mas nossa fé está no Senhor dos milagres. Jesus os realizava para revelar a glória do Pai, suas credenciais como o Messias enviado de Deus e cumprir as Escrituras proféticas. Jesus jamais fazia sinais com o intuito de fazer um espetáculo circense ou satisfazer os desejos de um coração incrédulo e pecaminoso. Jesus queria ser conhecido, principalmente, pelo que era. As pessoas que mais viram milagres na Bíblia foram: o povo hebreu no deserto, Faraó no Egito, os discípulos e os líderes do tempo de Jesus. Nada disso os fez mais crédulos ou piedosos. Israel viu muitos sinais no deserto, mas não entraram na terra prometida; Faraó presenciou vários prodígios pelas mãos de Moisés, mas isso não o tornou mais temente ao Deus de Israel. Os discípulos não conseguiam entender o propósito dos sinais de Jesus. Depois da ressurreição de Lázaro "...Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que fizera Jesus, creram nele. Outros, porém, foram ter com os fariseus e lhes contaram dos feitos que Jesus realizara..."(João.11:45,46). Como resultado dessa delação aos fariseus, nos é dito que "...os principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro; porque muitos dos judeus, por causa dele, voltavam crendo em Jesus."(João.12:9-11). O mesmo sol que amolece a cera é o mesmo que endurece o barro. Reuniões de sinais e milagres se transformam em reuniões de crianças espirituais que fazem "birra" com Deus e o querem colocar "colocar na parede"! Outros limitam a ação de Deus a um lugar específico, não sabendo que Ele é soberano e livre para escolher quando e como fazer milagres. Outro problema é que quando o homem tem prazer no engano, Deus o entrega às suas próprias cobiças e desejos pecaminosos (Rom.1:18-32; II Tessal.2:7-12). Um princípio importante está demonstrado em Deut.13:1-5:
"Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma..."
Sinal e ensino enganoso. Um sinal acontece e o profeta prega o engano e desvia o povo da lei do Senhor. O próprio Deus quer provar os corações! Há líderes que vendem a alma para dizer o que o povo gosta de ouvir. Alegorizam, distorcem e inventam o que não está escrito. Descontextualizam as Escrituras. Mas porque fazem sinais, não são questionados em seus ensinos. Parecem com o personagem Seu Samuel da Escolinha do Professor Raimundo: "Fazemos qualquer negócio!" Mas o evangelho bíblico está apoiado no maior desprezo e no maior milagre de todos os tempos: a cruz e a ressurreição de Cristo. Quem Jesus é e Suas obras são o foco do evangelho e quando nos desviamos do foco, certamente corremos grande perigo.
Ruben Page

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