quinta-feira, 29 de julho de 2010

E quem nunca ouviu o evangelho?

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Sei que é um assunto complexo, porque conforme é abordado, pode ser confundido com universalismo ou teologia liberal. Sempre ouvi as seguintes dúvidas:

- Qual o destino eterno das pessoas, que nunca ouviram o evangelho? Estão sem salvação? Como fica a salvação dos pagãos fora da religião?

Se de um lado, a Bíblia diz que, a salvação é uma obra da graça divina, da nossa resposta de fé à revelação de Deus em Cristo, de outro lado, a própria Bíblia afirma, contundentemente, que nenhum mortal pode pretender saber ou fazer afirmações sobre quem foi salvo ou perdido, espiritualmente, além dos portões da morte.

Caio Fábio ao falar sobre o tema, disse: "Na minha mente, não há dúvida quanto ao fato de que, o evangelho tem que ser pregado a todas as criaturas, e da minha parte, estou comprometido com isso. Mas a dúvida que vejo, em muitos que perguntam, é sobre se Deus poderia ser Deus, para fora dessa ação missionária da igreja e salvar quem ele bem entendesse; simplesmente por causa de sua liberdade para ser Deus. Ou seja, a igreja é agente de Deus neste mundo, para pregar a salvação, mas não é a detentora da administração da graça divina, por meio algum. Só há salvação em Cristo, e a Cruz de Jesus é o centro espiritual do universo. Todavia, a administração da graça divina, que aplica a salvação, é prerrogativa de Deus. A Igreja tem a missão de pregar a todos os homens e deve fazer isso, porque Cristo ordenou. Mas, a Igreja não limita o amor salvador de Deus, ou seja, Deus também age - às vezes, ou até sobretudo - fora das instituições religiosas." Confissões do Pastor, 1996, Editora Record. págs 226-229.

O nosso Planeta, tem hoje, cerca de seis e meio bilhões de pessoas. O Cristianismo com todas as suas ramificações, que vão do catolicismo romano, ao protestantismo, não representa, metade da população mundial. Pergunta-se: E os outros três ou quatro bilhões de pessoas? Se a igreja não conseguir atingir eles, como fica sua situação? Vão para o inferno? Têm cristãos que acham a maior facilidade em julgar e condenar os outros ao inferno.

No entanto, conforme está escrito em Romanos 2:12-16, que cada um será julgado pela luz que de fato teve, descontadas todas as intromissões dos traumas, condicionamentos religiosos, tempos, culturas, épocas, circunstancias, oportunidades, etc... Ou seja: cada um será julgado pelo que soube de fato que era verdade, e, no coração, assim mesmo, rejeitou; pois, se tiver acolhido a verdade, livre está de juízo.

Quando Jesus disse aos homens, para não tentarem separar no campo do mundo o joio do trigo, estava dizendo que homem algum conhece o coração de outro homem, mesmo quando lhe conhece os caminhos, os atos, as formas, os modos, os comportamentos e os pensamentos confessados. Ou seja: Jesus ensinava que a melhor certeza do homem é que o joio existe, mas o resto é dúvida; pois, não lhe foi dado o poder de entrar nas naturezas das coisas.

Por isto Paulo diz: “Porque quando os pagãos que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei; pois, mostram a norma da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os — no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho.” Romanos 2:14-16.
Fonte: Cristianismo Radical
http://juberdonizete.blogspot.com/

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

"Não toqueis nos meus ungidos!?"

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A frase bíblica “Não toqueis nos meus ungidos” (Sl 105.15) tem sido empregada para os mais variados fins. Maus obreiros e falsos profetas se valem dela para ameaçar seus críticos; crentes mal-orientados usam-na para defender certos “ungidos”; e outros ainda a empregam para reforçar a idéia de que não cabe aos servos de Deus julgar ou criticar heresias e práticas antibíblicas.
Quando examinamos o contexto da frase acima, vemos que ela está longe de ser uma regra geral. Uma leitura atenta do Salmo 105 não nos deixa em dúvida: os ungidos mencionados são os patriarcas Abraão, Isaque, Jacó (Israel) e José (vv.9-17). Ademais, o título “ungido do Senhor” refere-se tipicamente, no Antigo Testamento, aos reis de Israel (1 Rs 12.3-5; 24.6-10; 26.9-23; Sl 20.6; Lm 4.20) e aos patriarcas, em geral (1 Cr 16.15-22).
Conquanto a frase não encerre um princípio geral, podemos, por analogia, afirmar que Deus, na atualidade, protege os seus ungidos assim como cuidou dos seus servos mencionados no Salmo 105. Mesmo assim, não devemos presumir que todas as pessoas que se dizem ungidas de fato o sejam. Lembre-se do que o Senhor Jesus disse acerca dos “ungidos”: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7.21).
É claro que a Bíblia apóia e esposa o pensamento de que o Senhor cuida dos seus servos e os protege (1 Pe 5.7; Sl 34.7). Mas isso se aplica aos que verdadeiramente são ungidos, e não aos que parecem, pensam ou dizem sê-lo (Mt 23.25-28; Ap 3.1; 2.20-22). Afinal, “O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade” (2 Tm 2.19).
Quando Paulo andou na terra, havia muitos “ungidos” ou que aparentavam ter a unção de Deus (2 Co 11.1-15; Tt 1.1-16). O imitador de Cristo nunca se impressionou com a aparência deles (Cl 2.18,23). Por isso, afirmou: “E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram” (Gl 2.6).
Aparência, popularidade, eloquência, títulos, status, anos de ministério… Nada disso denota que alguém esteja sob a unção de Deus e imune à contestação à luz da Palavra de Deus. Muitos enganadores, ao serem questionados quanto às suas pregações e práticas antibíblicas, têm citado a frase em análise, além do episódio em que Davi não quis tocar no desviado rei Saul, que fora ungido pelo Senhor (1 Sm 24.1-6). Mas a atitude de Davi não denota que ele tenha aprovado as más obras daquele monarca.
Se alguém, à semelhança de Saul, foi um dia ungido por Deus, não cabe a nós matá-lo espiritualmente, condená-lo ao Inferno. Entretanto, isso não significa que devamos silenciar ou concordar com todos os seus desvios do evangelho (Fp 1.16; Tt 1.10,11). O próprio Jônatas reconheceu que seu pai turbara a terra; e, por essa razão, descumpriu, acertadamente, as suas ordens (1 Sm 14.24-29).
O texto de Salmos 105.15 em nenhum sentido proíbe o juízo de valor, o questionamento, o exame, a crítica, a análise bíblica de ensinamentos e práticas de líderes, pregadores, milagreiros, cantores, etc. Até porque o sentido de “toqueis” e “maltrateis” é exclusivamente quanto à inflição de dano físico.
É curioso como certos “ungidos”, ao mesmo tempo que citam o aludido bordão em sua defesa — quando as suas práticas e pregações são questionadas —, partem para o ataque, fazendo todo tipo de ameaças. O show-man Benny Hinn, por exemplo, verberou: “Vocês estão me atacando no rádio todas as noites — vocês pagarão e suas crianças também. Ouçam isto dos lábios dum servo de Deus. Vocês estão em perigo. Arrependam-se! Ou o Deus Altíssimo moverá sua mão. Não toqueis nos meus ungidos…” (citado em Cristianismo em Crise, CPAD, p.376).
Quem são os verdadeiros ungidos, os quais, mesmo não se valendo da frase citada, têm de fato a proteção divina, até que cumpram a sua vontade? São os representantes de Deus que, tendo recebido a unção do Santo (1 Jo 2.20-27), preservam a pureza de caráter e a sã doutrina (Tt 1.7-9; 2.7,8; 2 Co 4.2; 1 Tm 6.3,4). Quem não passa no teste bíblico do caráter e da doutrina está, sim, sujeito a críticas e questionamentos (1 Tm 4.12,16).
Infelizmente, muitos líderes, pregadores, cantores e crentes em geral, considerando-se ungidos ou profetas, escondem-se atrás do bordão em análise e cometem todo tipo de pecado, além de torcerem a Palavra de Deus. Caso não se arrependam, serão réus naquele grande Dia! Os seus fabulosos currículos — “profetizamos”, “expulsamos”, “fizemos” — não os livrarão do juízo (Mt 7.21-23).
Portanto, que jamais aceitemos passivamente as heresias de perdição propagadas por pseudo-ungidos, que insistem em permanecer no erro (At 20.29; 2 Pe 2.1; 1 Tm 1.3,4; 4.16; 2 Tm 1.13,14; Tt 1.9; 2.1). Mas respeitemos os verdadeiros ungidos (Hb 13.17), que amam o Senhor e sua Santa Palavra, os quais são dádivas à sua Igreja (Ef 4.11-16).
Quanto aos que, diante do exposto, preferirem continuar dizendo — presunçosamente e sem nenhuma reflexão — “Não toqueis nos meus ungidos”, dedico-lhes outro enunciado bíblico: “Não ultrapasseis o que está escrito” (1 Co 4.6, ARA). Caso queiram aplicar a si mesmos a primeira frase, que cumpram antes a segunda!
Fonte: Blog do Ciro Sanches Zibordi

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Entre uma e outra,fique com o TODO!

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Jamais os discípulos de Jesus poderiam imaginar ao que assistiram naquela noite: uma inusitada conferência entre Moisés, Elias e Jesus, representando respectivamente três ministérios distintos: a Lei, os Profetas e a Graça (Mt.17:1-8).

Moisés representava a Lei, pois foi o instrumento através do qual ela foi transmitida aos homens. Elias, como principal expoente de uma classe conhecida por sua intrepidez, os profetas. E finalmente, Jesus, o Filho Eterno de Deus, por intermédio de quem a Graça foi revelada aos homens.

De repente, o rosto de Jesus começa a brilhar como o sol, e Suas vestes se tornam resplandecentes. Como que querendo passar uma mensagem, Seu esplendor é tamanho que acaba ofuscando a glória resplandecente nos rostos dos outros dois.

A glória de Cristo absorve a glória da Lei e dos Profetas, sobrepujando-as.

A mensagem era clara e audível: Tanto a glória da Lei, representada ali por Moisés, quanto a glória dos profetas, representados ali por Elias, eram parciais e transitórias, enquanto que a glória revelada em Jesus era completa e definitiva.

Vejamos com mais atenção a diferença entre esses ministérios:

MOISÉS – Em 2 Coríntios 3:13, lemos: “E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face para que os filhos de Israel não fitassem o fim daquilo que desvanecia”.

Tal era a glória da Lei! Através de um véu, um simples pedaço de pano, podia ser escondida. Seu esplendor era incapaz de transcender o véu. Era uma glória que podia ser ocultada por um tecido fabricado por mãos humanas. Esse véu (tecido) pode representar as obras humanas, que de acordo com Isaías, não passam de trapos de imundície (Is.64:6). A Lei, por ser um pacto de obras, possuía uma glória transitória, que aos poucos deveria desvanecer. Moisés não pôs o véu para que os hebreus lhe pudessem fitar os olhos, como sugerem alguns, e sim, para que eles não percebessem que aquela glória estava diminuindo gradativamente. Era uma glória decadente.

Lição prática – Muitos estão se escondendo por trás de suas obras, porque não querem que os outros percebam sua real condição espiritual. Estes viveram a glória da Lei, que começa tão forte quanto a luz do sol, mas que vai diminuindo com o passar do tempo. Estes estão mais preocupados em fazer, do que em ser. A exemplo do que fez Marta, escolheram ocupar-se com as coisas, e não têm tempo para cuidar do seu ser. Seu ativismo tem como objetivo ocultar uma glória que vai desvanecendo. É como aquele rico que faliu, e agora ostenta o luxo que sobrou, até que seja consumido pela traça e a ferrugem.

ELIAS - Lemos em 2 Reis 2:13-14 que Eliseu, sucessor de Elias “apanhou a capa que caíra de Elias e voltou e parou à margem do Jordão. Então tomou a capa que caíra de Elias, feriu as águas, e disse: Onde está agora o Senhor, Deus de Elias? Quando feriu as águas, estas se dividiram para um e outro lado, e Eliseu passou”.

Enquanto a glória da Lei era refletida na face de Moisés, e podia ser ocultada por um pedaço de pano, a glória dos profetas podia se expressar através de um pedaço de pano. A glória da Lei era ocultar, a glória dos profetas era revelar. A glória da Lei acentuava a santidade, a separação, a reverência. Já o ministério dos profetas conclamava os homens à integração, atraindo-os como um ímã. Bastou que Elias passasse com sua capa no rosto de Eliseu para que este se sentisse atraído para segui-lo em sua peregrinação profética. Tal era o ministério profético. João, o último dos profetas daquela era, não precisava pregar nos grandes centros para atrair as multidões. Ele pregava no deserto, em lugares inóspitos, e ali as multidões o seguiam.

Lição prática – A exemplo de Maria, irmã de Lázaro, muitos preferem a “melhor parte”, e em vez de lançar-se em um ativismo desmedido, preferem sentar-se aos pés de Cristo para aprender (Lc.10:38-42). Estão mais preocupados em desvendar os mistérios, em vez de ocultá-los. Preferem expor-se aos ensinamentos de Cristo, do que simplesmente disfarçar sua fraqueza através de suas obras. O problema é que, às vezes, tais pessoas acabam negligenciando as obras. Que posição tomar, a de Marta ou de Maria? A quem se aliar, à Lei, ou aos Profetas? Ocultar ou revelar? Fazer ou ser? Santificação ou integração? Qual das partes devemos escolher? Já sabemos que a melhor parte é a que Maria escolheu. Devemos agir como ela? E quanto às obras, vamos negligenciá-las?

CRISTO – o Todo (Pleroma). Quem disse que devemos escolher entre as partes? Por que não ficar com o Todo? A Lei e os profetas eram, respectivamente, a tese e a antítese, o mistério e a revelação. A síntese disso é Cristo, em quem tudo se integra. Nele, a glória já não desvanece, e acaba por se resplandecer em Suas próprias vestes. A glória da Lei podia ser subtraída, e ocultada. A glória dos profetas podia ser acrescida e multiplicada (2 Reis 2:9). Isso demonstra claramente que nenhuma delas era completa em si mesma. Em Cristo, a glória é plena, pleromática, não pode ser nem subtraída, tampouco multiplicada. A glória pleromática é definitiva.

Confira as passagens abaixo:

Col.2:9-10 – “Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. 10 E recebestes a plenitude em Cristo, que é o cabeça de todo principado e potestade”.

Jo.1:16-17 – “Da sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça (graça de ser, e graça de fazer; graça de querer, graça de realizar). Pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”.

Graça aponta para o “ser” – 1 Co.15:10 - “Mas pela graça de Deus sou o que sou, e a sua graça para comigo não foi vã. Antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”.

Verdade aponta para o “fazer” – Jo.3:21 - “Mas quem vive de acordo com a verdade vem para a luz, a fim de que se veja claramente que as suas obras são feitas em Deus”.

Em Cristo o “ser” e o “fazer” se encontram, e são absorvidos por Sua Glória. Nele, as obras já não têm o objetivo de ocultar uma glória desvanecente, e sim o de revelar uma glória permanente. Entre uma parte e outra, fique com o TODO, com a Graça e a Verdade, e que suas obras, em vez de ocultar, possam revelar a glória que há em sua vida, por meio de Cristo Jesus. Amém.
Hermes C. Fernandes

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Decifrando os mistérios da Bíblia!

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Agora vemos em espelho, de maneira obscura; então veremos face a face. Agora conheço em parte então conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13:12).

Naquela época, os espelhos não eram tão polidos quanto hoje. A imagem refletida no metal era distorcida pela sua superfície irregular. Por isso, era necessário que se buscasse uma posição de onde se pudesse ver com mais precisão.

As Escrituras Sagradas nos servem como espelho através do qual podemos ter um vislumbre de Deus.

O que podemos ver num espelho? Qualquer coisa para o qual ele esteja voltado. Assim é com as Escrituras. Ao lê-las, podemos enxergar através delas nossas próprias deformidades. Suas páginas revelam a ambigüidade da natureza humana, capaz de proezas e crueldades, virtudes e vícios.

A Bíblia não esconde nem maquia as vicissitudes de seus heróis. O mesmo Davi que derrota Golias, se rende ao encanto da mulher alheia, e acaba cometendo adultério seguido de homicídio. O mesmo Abraão que se dispõe a oferecer o próprio filho em sacrifício a Deus, omite do rei do Egito a informação de que Sara era sua esposa. Podemos nos ver em cada personagem bíblico. Cada situação que enfrentamos em nosso cotidiano encontra paralelo em suas histórias.

Por isso, Tiago nos exorta:

“Se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla no espelho o seu rosto natural e, depois de se contemplar a si mesmo, vai-se e logo se esquece de como era” (Tg.1:23-24).

Portanto, ler a Bíblia é encontrar-se consigo mesmo. É enxergar sua silhueta emergindo de suas páginas.

Mas quando posicionamos o mesmo espelho na direção de Cristo, vemos Sua glória nele revelada. É como posicionar um espelho na direção do sol. Toda a glória do astro rei pode ser refletida num caco de vidro.

A melhor maneira de se ler o texto sagrado é mantendo os olhos em Jesus. Ele é a nossa Pedra de Roseta*, a chave interpretativa das Escrituras. Tudo aponta para Ele. Desde os sacrifícios exigidos pela Lei, passando pelas festas instituídas por Deus, aos acontecimentos épicos narrados no Antigo Testamento, tudo tem o objetivo de nos revelar a figura central das Escrituras: JESUS CRISTO. Portanto, deve-se ler a Bíblia a partir de Jesus.

Não são as Escrituras que são perfeitas, mas a imagem que elas se propõem refletir. Se fizermos uma leitura crítica, poderemos encontrar dados não tão precisos, como por exemplo, onde o morcego é classificado como ave. Mas se nos posicionarmos corretamente diante deste espelho, poderemos ver claramente a perfeição d’Aquele que a inspirou, ao mesmo tempo em que perceberemos nossas debilidades.

Não há como isolar uma imagem num espelho, apagando o seu background. Quando fitamos nele, vemos também o pano de fundo, o ambiente à nossa volta. Da mesma forma, ao lermos uma passagem escriturística, devemos considerar seu contexto histórico. Não basta ler suas linhas; temos que investigar suas entrelinhas. Não é em vão que Jesus nos orienta a investigá-las. Uma leitura superficial é incapaz de revelar-nos o Deus que Se oculta nas entrelinhas.

Se cremos numa revelação progressiva como acreditavam os reformadores, temos que supor que esse espelho vai ficando cada vez mais polido, até encontrar seu auge nas páginas neo-testamentárias. O que antes era obscuro, agora está mais límpido e claro. As sombras, os ritos e os tipos do Antigo Testamento cedem lugar à realidade revelada pela luz de Cristo Jesus (Cl.2:17; Jo.1:17).

Não vá às Escrituras como quem vai a uma cartomante, ou quem consulta ao horóscopo. Abri-la aleatoriamente não nos trará qualquer benefício. Também não vá em busca de dados científicos precisos. Abra suas páginas em busca de Cristo, e você o encontrará. "São elas que testificam de mim", garantiu Jesus.

Hermes C. Fernandes

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E se o sistema eclesiástico, como conhecemos, morresse?

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É um processo natural da vida: tudo que nasce, morre. Elienai Cabral Jr. em seu ótimo livro "Salvos da Perfeição" (Editora Ultimato), escreveu: "Se Deus se esvaziou sendo Deus, como recusar o esvaziamento de nossas instituições, pretensas divindades? Se quem é escolheu deixar de ser, nós que não somos que outra opção mais legítima podemos ter?" Será que não está na hora desse sistema eclesiástico, como conhecemos, morrer?

O que vemos do sistema eclesiástico hoje é nocivo, enfermo, perigoso e triste. Entendo por "sistema eclesiástico" esse híbrido de igreja/empresa que violenta o bolso e a alma dos pobres. Essa prost-instituição que assume para si prerrogativas divinas para mandar no imaginário coletivo. "Sistema eclesiástico" é o corpo sem alma, a organização sem organismo, o templo sem igreja, a massa sem rosto, o cristianismo sem Cristo.

Dia desses fiquei lutando com uma ideia estranha que assaltou minha mente: você já imaginou o que aconteceria se Deus enviasse um avivamento dentro da igreja católica? Pergunto: o que impede Deus de "esquecer" tudo isso que chamamos de "igreja" e levantar outra expressão de fé? Ele já fez isso na história. Lembre-se que Israel passou por isso. Acredito piamente que toda essa babel eclesiástica nada mais é, senão Deus babelizando outra vez.

Se esse "sistema eclesiástico" morresse, Deus jamais ficaria sem testemunho na história. Ele não é refém da igreja. O que Deus procura - ainda - são os verdadeiros adoradores (Jo. 4. 23). Deus não procura gerentes divinos, nem mágicos da religião de poder e mídia, mas um povo humilde, digno, feliz. Um povo que, institucionalizado ou não, possui compromisso com o Deus de toda a verdade.

Lembre-se, Deus não tem compromisso com institucionalismos desalmados, nem com esquemas, sistemas e programas - Deus tem compromisso com gente, de carne e osso, transformando o chão da história. Não sei o que Deus irá fazer, pois sei que enquanto humanos, precisamos de associações, somos seres da coletividade, contudo sei que esse sistema que aí está, faliu.

A única certeza feliz que tenho é que sempre que Deus babeliza, a história muda para melhor.
Fonte:Voltando ao Gênesis
http://edmaisbom.blogspot.com/
Alan Brizotti no Genizah

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Deus, trade mark

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Para mim, nada há mais presunçoso que alguém crer que tem a marca registrada de Deus, com um copyright acoplado ao Seu nome.

Na Igreja de Roma, na católica evangélica (reformada, pentecostal, neo-pentecostal...), ou até entre os não cristãos, vê-se isso.

Fora dai, Ele não fala. É um deus reduzido à boca da criatura, do barro, na linguagem figurada de Jeremias.

Se essa boca humana não falar, Ele não fala. Se, na sua conveniência, a boca quiser falar, então Ele diz algo (até besteiras, muitas vezes). Mas, sem ela, Deus está limitado, calado, mudo.

Gosto e refletir na experiência de Pedro, na casa de Cornélio (até antes de chegar a ela), em Atos 10, em como o apóstolo, assustou-se por descobrir algo que nós, na nossa arrogância temos dificuldade em perceber: Deus fala e age com quem e onde bem entender. E não fica vermelho se na nossa petulância, achamos que Ele não devia fazê-lo.

Um sujeito (ou sujeitinho, segundo a visão preconceituosa do judeuzão cristianizado), um cara que estava "do outro lado", um ímpio, um idólatra, que não podia ter conhecido Deus e a revelação (que chegou a Pedro pelos céus, como afirmou Jesus), nem as suas orações ouvidas por Deus, ou um estilo de vida que agradava os céus e mais: nem a visita de um anjo, como recebera (coisa que muito cristão pagaria todos os dízimos, ofertas e obrigações todas para ver um, com penas e tudo)!

Talvez por isso, nós tenhamos essa vaidade toda em tentar destruir toda a revelação que as pessoas nos dizem ter de Deus para, só depois, apresentá-las o "meu Deus", "o único e verdadeiro Deus".
Queremos destruir primeiro tudo, para só então - se o infeliz concordar (nessa altura, não há ponte de comunicação que resista!) - apresentar-lhe "o nosso Deus" com marca registrada e declaração de posse em nosso nome.

Como afirmou certa vez o meu amigo Caio, mais ou menos assim: "Se quisermos aprisionar o Espírito de Deus, Ele agirá. Na ilegalidade, mas vai agir", é impossível impedirmos Deus de agir e mover-se na vida de quem quer que seja.

Afinal das contas, Deus não é evangélico. Nem católico-romano. Ele é Quem é. O grande Eu sou. E age. E fala. Até através de mulas. Ou de nós!
Publicada por Rubinho Pirola
Fonte: www.rubinhopirola.com

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terça-feira, 6 de julho de 2010

Fugindo da armadilha gospel!

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Há muito tempo que vejo um desinteresse pela leitura, estudo e meditação da Bíblia. Em proporção, há um aumento de “achismos”, conveniências e bizarrices bíblicas. Vivemos em uma época de confusão e relativismos. Cada um quer defender sua visão de mundo sem base bíblica nenhuma! Tudo é feito em nome do estético e pragmático. “Eu acho bonito”, “eu gosto do salmo 23”,”Eu não gosto de falar de cruz” “Dá certo? Então eu faço!”.Esses são os critérios de muita gente.Por isso, eu gostaria de humildemente dar algumas sugestões importantes:
• Leia a Bíblia começando pelo Novo Testamento(Tenha em mente que a revelação é progressiva e que o NT é que interpreta o VT);
• Leia os evangelhos procurando conhecer o verdadeiro Jesus(Tem muito Gezuiz aí que não é o Jesus dos evangelhos);
• Jesus é a chave hermenêutica para se entender a Bíblia,Ele é o tema central(sem Jesus a Bíblia vira um balaio de gatos);
• Fundamente sua espiritualidade nas epístolas de Romanos, Efésios e Hebreus(Elas são as coroas das epístolas);
• Não caia na armadilha de ler muitos livros substituindo assim a leitura da Escritura(Não sou a favor do anti-intelectualismo da letra que mata);
• Procure livros sadios biblicamente, já que muito do que é vendido e ouvido no mercado gospel está cheio de heresias, distorções e judaizações;
• Não busque a dependência de totens evangélicos: super ungidos, Bispos, “aposTOLOS” e etc. Procure maturidade espiritual à luz das Escrituras, procurando entender o que se lê;
• Procure conhecer e pregar somente o evangelho genuíno e bíblico;
• Ore e Jejue.

Ruben Page

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Lidando com o "Não"

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Em um mundo marcado pelo desequilíbrio de forças o direito de dizer “não” é inalienável. A liberdade de um ser humano e sua afirmação como indivíduo em uma sociedade somente são reais quando ele pode escolher negar o que lhe foi demandado. A impossibilidade é violência.
Liberdade pessoal é de fato poder dizer não a si mesmo. Não somente dizer não às demandas externas, sobretudo negar-se o impulso de fazer tudo o que vier à mente. Quem não pode dizer não pra si mesmo, é escravo.
A força de nossas convicções e propósitos é medida por nossa capacidade de continuar apesar dos “nãos” que recebemos pelo caminho. Quem desiste fácil, logo nas primeiras rejeições, quem mede o valor do que faz apenas pela aceitação de suas ideias, enfim, quem não prossegue mesmo depois de ouvir “não”, denuncia que seus propósitos não são tão fundamentados e que seu empreendimento não tem tanta importância, porque se o que eu quero fazer na vida, dura apenas até o primeiro “não”, é provável que não valha por uma vida toda.
O “não” é um gatilho de proteção, de liberdade e de prova das intenções.
©2010 Alexandre Robles
Fonte:www.alexandrerobles.com.br

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