quinta-feira, 29 de abril de 2010

E agora José?

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Por Daniel Rocha

O culto acabou, a luz apagou,a igreja fechou, o povo se foi, a noite esfriou.

E agora, José? E agora, você? Você que dizima, não falta às campanhas,unge com óleo,e toma da água que o apóstolo orou.

A noite esfriou, e a bênção não veio, mas o bispo pregou que a culpa é só sua: “você não tem fé”.

E agora, José? Está sem recursos,está sem amigos, e acabou o carinho daqueles irmãos do errante caminho.

Perdeu a esperança porque confiou em palavra de homem que só se interessa em ovelha tosar, enganar os mais simples, e passar um sermão em quem duvidar.

E agora, José? Se você cantasse, se você orasse, se você louvasse…

Mas você já não crê, e prefere morrer a ser iludido mais uma vez com tantas promessas de espertos profetas que cobram pedágio pra se alcançar as bênçãos do céu.

A noite esfriou, as lágrimas rolaram. E agora, José? Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, José abre a Bíblia.

E como milagre caíram-lhe escamas que impediam seus olhos de enxergar a Verdade.

A partir desse dia o Evangelho reinou dando-lhe Paz e indizível alegria.

E agora, José? Agora que eu vejo, não tem mais conversa: deixei as mandingas, os fetiches e crenças.

Posso dizer que mudou minha história: Desde então, é somente a Palavra, somente a Graça, apenas a Fé no Filho do Homem, e a Deus, somente a Deus, eu dou toda a glória.

***
Fonte: Púlpito Cristão

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Mas Era Domingo

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Lamento que por tantos anos não houvesse aberto os olhos!
Gostaria ter soltado da prisão a alma oprimida - mas era domingo! Dia de ir pra igreja.
Gostaria ter ficado mais algumas horas ao lado daquela amiga angustiada - mas era domingo! Não podia faltar ao "culto"!
Gostaria ter pego um violão e louvado ao Senhor junto aos meus familiares - mas era domingo! Devia buscar a Deus em primeiro lugar, e isso só era possível na "igreja".
Gostaria ter feito aquela visita... mas era domingo! E durante a semana não tinha tempo pra isso, pois trabalhava.
Puxa... quanto bem deixei de fazer por ter que fazer o que achava que era o certo...
Ao passo que Jesus diz: "¹O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado".
Hoje entendo que também o domingo fora feito por causa do homem, e não o homem por causa do domingo... Ele é o Senhor não apenas do sábado, mas também do domingo e de todos os dias da semana.
Hoje compreendo que todos os dias e o dia inteiro sou confrontada a analisar o meu andar conforme o Evangelho.
Há quem diga: ²Seis dias há em que é mister trabalhar; nestes, pois, vinde para serdes curados, e não no dia de 'domingo', e assim se vai vivendo uma vida mesquinha, cujo propósito é definido em se ir à igreja aos domingos(alguns chamam de dízimo do tempo), e o resto da semana pra si mesmo, já que seu tempo é dividido em trabalho, escola, família...e igreja.
Mas o Evangelho mostra-me que não deve existir um dia específico para buscar a Deus.
Mostra-me que o buscar a Deus não se resume a ir à igreja.
Mostra-me que Jesus curou no templo, mas muito mais fora dele.
Ele mesmo falou: ³Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo.
Hoje compreendo que negar-me essa necessidade psicológica de estar num templo por conta de uma visita, pode ser uma oportunidade maravilhosa de trazer o Evangelho.
Compreendo que um momento de lazer com amigos ou familiares pode ser um momento em que Deus falará ao meu coração muito mais alto e claro do que penso que Ele fale no púlpito de um templo.
Compreendo que Ele não estipulou hora e lugar para adorá-lo, mas me chama a adorá-lo em espírito e em verdade. É maravilhoso saber que isso posso fazer em qualquer lugar!
Não preciso ficar "zen", não preciso sair de mim, não preciso fechar os olhos e levantar as mãos se a minha vida for uma canção que o adore.

Rosana Bulgakov

1. Marcos 2.27
2. Lucas 13.14
3. Mateus 12:6

Fonte: http://gracanovale.blogspot.com

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Meu Irmão Escravo

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Nós resgatamos os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às nações, segundo nossas posses; e vós outra vez venderíeis a vossos irmãos, ou vender-se-iam a nós? Então se calaram, e não acharam que responder. Neemias 5.8

Neemias liderava a honrosa tarefa de reedificação dos muros de Jerusalém.
Tamanha era a vontade do povo de que Jerusalém fosse reedificada que o coração de todos estava inclinado a trabalhar¹.
É a alegria do propósito. Tanto é que mesmo sob grande ameaça do ataque dos inimigos, trabalhavam cingidos por um lado de suas armas e por outro de suas ferramentas, sem cessar!
Porém Neemias teve que se deparar com uma dura realidade contrastada ao entusiasmo da reedificação: a opressão que os nobres e magistrados exerciam sobre aqueles que voltaram do cativeiro.
Estes viam-se no direito de arrendarem suas terras e lucrarem excessivamente com o trabalho dos seus próprios irmãos. Não havia dinheiro suficiente nem mesmo para os impostos e estes miseráveis eram obrigados a tomar emprestado.
Neemias chama a atenção dos que dominavam sobre os ex-cativos e abre os seus olhos para a ironia do que vinha acontecendo: Resgatamos nossos irmãos para torná-los nossos escravos.
Alguma semelhança ao que vemos hoje em dia?
Quantos não foram conduzidos à igreja na promessa de serem libertos da escravidão do pecado e, ironicamente, se tornaram escravos da instituição?
Quantos não perderam aquela grande alegria da edificação por gratidão e, em troca, receberam o jugo do compromisso?
Nada mais é realizado pelo entusiasmo de se verem vidas alcançadas pelo Evangelho que liberta e nem pelo crescimento espiritual e intelectual da comunidade. Em vez disso, o amor a si mesmo de muitos líderes tem conduzido o rebanho por um caminho íngreme e pedregoso.
Oprime-se o rebanho. São lhes tiradas sua lã, sua gordura e até mesmo o seu pasto.
Imprime-se nele uma “gratidão” forçada, posto que foram tirados do lamaçal do pecado e agora tem a obrigação de contribuir e de tornar-se o sustento da “obra”, em detrimento do bem estar pessoal e familiar.
Ovelhas desgarradas cujos pastores apascentam-se a si mesmos.
Não há o que responder. Os nobres se calaram diante de Neemias. Infelizmente, em oposição ao que estes fizeram, hoje ouvimos muito o direito de resposta. Dá-se sempre um jeitinho de extorquir o rebanho usando-se até mesmo a Bíblia para justificativa própria.
Mas ainda há esperança. Se ali, num tempo em que a lei conduzia o discernimento de bem e mal nos corações do povo israelita, muito mais agora, quando conhecemos a Graça do nosso Senhor.
É preciso deixá-la nos governar a exemplo de Neemias.
Tamanha era sua inclinação para o bem do povo que este fora contagiado pelo mesmo intento.
É necessário crer que é o Senhor quem opera em nós tanto o querer como o realizar, e tudo o mais, a seu tempo, ficará edificado, se este for o propósito de Deus.
Não é preciso gritar. Não é preciso cobrar “gratidão”. Não é preciso escravizar quem fora uma vez por todas liberto.

Rosana Bulgakov

1 Neemias 4.6

Fonte: http://gracanovale.blogspot.com

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Medo e o Batman

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A arma mais eficiente de Batman não está guardada no seu uniforme, nem no seu carro, nem na caverna onde aprimora suas técnicas de luta. Também não é de outro planeta, como presente de um alienígena, nem foi desenvolvida nas modernas indústrias de Bruce Wayne. Veio com muito estudo e sem essa arma Batman não seria o mito que conhecemos.

Ela é tão eficiente que compensa a falta de capacidades extra-humanas. Usada até contra os aliados do herói, é unanimidade entre os roteiristas das histórias do personagem. Basta qualquer um se aproximar do homem-morcego para sofrer os efeitos dela.

A arma mais eficiente de Batman é o medo.

“Criminosos são supersticioso e covardes; então meu disfarce deve ser capaz de levar terror aos seus corações; eu devo me tornar uma criatura de noite, negra, terrível (...) Eu devo me tornar um morcergo.”

Essa frase clássica do herói está na sua origem. É assim que Bruce Wayne justifica sua decisão pelo uniforme do homem-morcego. Movendo-se pela escuridão, com habilidade alcançada por um treinamento intenso, Batman surpreende os marginais. Quando os encontra, se ainda estiverem conscientes, não vão conseguir esconder nada. Nem dinheiro, nem drogas, nem as mais sigilosa informação. Não é preciso ser rápido, nem selvagem.

Freqüentemente, o cavaleiro das trevas não diz nada. O medo invade o ambiente assim que sua presença é notada. Tem sido assim desde que ele começou sua jornada, como está registrado na história “Ano Um”:

“O uniforme funciona melhor do que eu esperava; eles ficam estarrecidos e me dão
todo o tempo do mundo”.

Parece que Batman fez escola, no cristianismo. Usar essa mesma arma também é uma habilidade que alguns líderes religiosos vêm desenvolvendo, à altura do herói dos quadrinhos. Do alto dos púlpitos, ou no interior de suas células familiares, plantam o medo no coração dos cristãos.

Encontram terreno fértil, assim como Batman, nos corações supersticiosos, que se movem longe das leis – da lei de Deus e da lei dos homens – e nas mentes pouco informadas. Ao contrário do herói, à luz do dia, sem vergonha alguma, pregam a barganha santa. É obedecer, cumprir, seguir, ofertar, cantar – para ganhar, crescer, alcançar, curar. Uma coisa tem sempre relação com a outra.

“Não recebeu a benção? Tome cuidado, examine sua vida! Tem aí um pecado não confessado!”
“Você continua caindo por causa do pecado? Vai brincando com Deus, um dia ele perde a paciência com você!”
“Deus está de olho em você, no que você está fazendo, e daí o que vai acontecer?”
“O diabo está ao seu redor, no seu trabalho, na sua casa, até aqui nossa igreja!”
“Não vem na igreja para ir ao cinema? Um dia Deus vai te cobrar isso!”

Tudo isso pode ser verdadeiro.

O temor de Deus aparece na Bíblia desde o Éden: “Respondeu-lhe o homem: 'Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me'” (Gênesis 3:10). Pelo Velho Testamento, o Senhor deixou claro que havia motivo para ser respeitado.

Alguns, pela falta de temor, sofreram. É verdade, o povo tinha medo de Deus. Até que Ele resolveu mostrar de que forma gostaria de se relacionar conosco. E o professor, o Mestre, foi o próprio Filho. Porque ninguém sabe mais a respeito de um Pai, que o filho que conviveu com Ele desde o começo de tudo.

E o que o Filho nos ensinou é que a nossa relação com Deus não deve ser orientada por medo. Temer ao Criador, como reconhecimento de sua grandeza e justiça, é um dever cristão. Porém viver como se a mão poderosa de Deus nos aguardasse atrás da porta, pronta a nos esmagar, e não houvesse solução alguma, é desprezar o sacrifício da cruz. O cristão tem que viver em santidade por amor a Deus, e não pelo medo de sua condenação.

Quando Jesus deu a vida por nós, colocando ao fim qualquer intermediação entre o ser humano e o Criador, também nos deu a chance de nos aproximarmos diariamente de uma fonte de perdão e amor.

Se você já foi a uma piscina, em um clube, deve lembrar que em alguns lugares só é possível entrar na água depois de caminhar por um tanque raso, para os pés, ou passar por um ducha, para o corpo. É quando somos lavados da gordura e da sujeira, para que isso não contamine a piscina.

Essa “teologia do medo” vive de pregar, enfaticamente, que nossos corpos vão sujar a água, e se esquece de defender o lavar maravilhoso que nos é oferecido para mergulharmos em profunidade na vida.

“No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor” (I João 4:18). Temos que trocar o medo pelo amor. O medo tem relação com o castigo e a culpa. E a culpa, às vezes, esconde uma frustração pessoal de não se alcançar uma perfeição religiosa.

Será que o nosso Deus não sabe que jamais seremos perfeitos? Será que nós não sabemos que é impossível alcançar um padrão de santidade, sem errar nunca? Será que o medo nos faz esquecer da benção que é receber o perdão de Deus?

“Pastor, não consegui, eu pequei novamente”, disse a mulher, assim que entrou no gabinete. Trazia um rosto de medo e arrependimento, e aguardava uma repreensão. O pastor respondeu com amor: “Glória a Deus, porque você reconhece isso; e saiba que não vai ser última vez que caiu, e quantas vezes ainda precisar você vai poder contar com o amor de Deus para lhe perdoar, e dar uma segunda chance. Não tenha medo”.

Fonte: Blog Hermes C. Fernandes.

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